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Te haré un cariño y después

Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.

Duas semanas suspensas no tempo e no espaço, entre pincéis, carícias, tintas, orgasmos. A música rodopiando na vitrola do ateliê portenho: “Te haré un cariño y después / Te tendré en mis brazos / Y entre abrazos / Con el cuarto en desorden esperar / Lentamente tú despertar / Y otra vez te amaré”. Amaram-se. 

A mesa de café posta na varanda às oito da manhã. Mamão, suco de laranja feito na hora, pão fresquinho que Alice trouxera da padaria da esquina. A toalha branca, lisa mas rendada nas pontas, recebendo os raios matinais e as travessas de comida. A garrafa do café nem forte nem fraco, exatamente ao gosto de Teresa, e a tensão se dissipando aos poucos no ar a cada gole nas xícaras. Há motivo para a apreensão: os encontros, antes fixos, rarearam nos últimos meses. Primeiro Alice ficou doente. Depois, Teresa viajou para visitar os netos em outra cidade. O compromisso semanal dos últimos 25 anos fora adiado muitas vezes, recentemente. Brincando com as migalhas do prato, Alice sorri envergonhada, como se visse Teresa de novo pela primeira vez. Ainda guarda na memória as miudezas do acontecimento. Os cabelos de Teresa ainda não tinham branqueado. Eram de um castanho médio, com as pontas naturalmente mais iluminadas como se o Sol fizesse questão de beijar-lhe a cabeça. 

Se espremesse a memória um pouco mais, poderia sentir o cheiro de lavanda que Teresa carregava no corpo naquela tarde modorrenta de verão em Búzios. Todo mundo parecia sofrer com o calor, menos ela. O vestido florido, levinho, dançava ao vento e grudava entre as coxas, marcando seu sexo. Naquela tarde, descobriu que Teresa estava sem calcinha. Foram necessárias uma taça de vinho separadas — cada uma sentada à sua mesa num café da cidade litorânea — e duas taças de vinho divididas à mesmíssima mesa para que soubessem: seus corpos se entrelaçariam e suas histórias seguiriam, dali para frente, o mesmo caminho. 

Os devaneios de Alice são cortados pelo estalar dos dedos de Teresa. “Onde foi parar essa cabecinha, heim?”, ela pergunta, para em seguida descer os mesmos dedos por entre as pernas de Alice. Quente, úmida. Teresa não deixava de se surpreender toda vez que a tocava. Alice fecha os olhos, joga a cabeça um pouco para trás e respira fundo enquanto sente a movimentação de Teresa no vão de suas coxas. Quer que ela enfie um dedo e depois outro, mas aguarda. Sabe que a espera é capaz de provocar mais tesão do que o ato em si. Um arrepio corre da escápula esquerda ao topo da nuca e ela se entrega. Parece derreter na cadeira de ferro. Começa a esquentar e não sabe se é o adianto da hora ou se é seu corpo vulcanizado. Faz 25 anos que optaram por viver a vida assim, com encontros semanais, enquanto a vida individual de cada uma delas se desenrolava. Vinte e cinco anos em que o toque amornado das mãos de Teresa ainda provocavam calafrios em sua pele. 

Os dedos entram devagar. Saem melecados. Teresa gosta da textura, do gosto. Excitada, ela sai de sua cadeira e senta de frente no colo de Alice. Começa a se esfregar nela num movimento suave para frente e para trás. Vai e volta. Enquanto dança essa dança, passa a mão entre seus cabelos e puxa sua cabeça para o lado. Roça o lábio em seu pescoço e depois experimenta lambê-la só com a pontinha da língua. De repente, o mesmo cheiro: lavanda. Alice sente os poros de Teresa lançarem a fragrância e quase não acredita. Pega seu corpo com força e o deita no chão. Começa a lamber toda a extensão da sua pele. Cantinho por cantinho. Com os joelhos, abre as pernas de Teresa e encaixa seu sexo no dela. Friccionam os corpos enquanto as mãos se buscam. Apertam-se. Alice gosta da violência com que Teresa a domina nesse exato momento. Deseja ser dominada. Deseja ser comida com força. 

Alice entende. Lê os sinais que o corpo de Teresa dá. E responde. Com força, afeto, desejo. O encontro é tão vivo, tão potente, que as duas gozam ao mesmo tempo. Olham-se nos olhos. Deitadas no chão, recordam de uma transa parecida, em uma viagem a Argentina. Deitadas no chão da varanda, recordam, então, daquela viagem a Buenos Aires. Aquela mesma em que Teresa posou para as pinturas de Alice. 

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