Let’s get it on
Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.
Uma vida de prazer reinventada pelo tempo. Há décadas casados, é neste banho matinal compartilhado que encontro em meu parceiro a chama para uma vida sexual cheia de tesão.
Já faz 35 anos que me excito com a mesma cena: ele escovando os dentes, logo de manhã, ainda com os cabelos cheirando a lençol. Todo dia o mesmíssimo deslumbre. Penso não ser possível que o desejo permaneça tão constante, mas aí lembro de quantas vezes, nessa relação, o prazer já se reinventou. Imersa em lembranças afetuosas, levanto ainda sonolenta, caminho pé ante pé até a porta do banheiro e corro para encostar no corpo morno do meu parceiro de vida. Abraço-o por trás. Sinto sua pele macia. A textura que carrega tantas histórias. Desenho com o dedo as marcas do tempo. Percorro cada cicatriz, cada ruga. Vou me excitando enquanto minhas mãos o mapeiam. E pensar que nos encontramos há anos atrás pela primeira vez naqueles corredores obscuros da USP. Ele aluno da FAU, um tanto quanto nerd e intelectual e misterioso e lindíssimo e eu uma caloura de medicina recém-chegada do interior para a cidade grande. Gostei de cara do seu jeito sério e contido e acho que ele, de certo modo, encantou-se com meu jeito extravagante e verborrágico.
Ele me olha pelo espelho. Sei que há 35 anos deseja essa mulher refletida. Pega minha mão com delicadeza e a desliza até que encontre seu sexo: quente, crescendo. Eu gosto. Meu corpo responde ao toque. Noto meu próprio sexo latejar. Faço com que ele me vire de frente e peço que me beije com vontade. Sinto os lábios do meu companheiro percorrerem meu corpo: queixo, pescoço, barriga. A língua escorrendo por lugares esquecidos. Primeiro a axila, depois a parte traseira dos joelhos. A parte interna das coxas. “Por que será que ninguém nos ensina que não há roteiro pré-estabelecido no sexo?”, penso. Depois já não consigo mais concatenar ideia nenhuma. Estou completamente submersa no agora. Nas sensações físicas e emocionais provocadas em cada poro.
No exato momento em que agradeço que ele não siga um script, meu corpo é rotacionado com força. Paro de frente para o espelho, as mãos apoiadas na pia. Ele puxa de leve minha cabeça para trás e lambe minha nuca. Aperta seu corpo contra o meu. Toca meus seios. Apalpa com força. Ouve minha respiração e fica ainda mais excitado. No meio do frenesi, o despertador toca. Ele sai para desligá-lo enquanto eu entro no chuveiro. Vai até o quarto e volta com o celular na mão. Dá play em uma música de Marvin Gaye. A minha favorita: Let’s get it on. Observa meus movimentos por alguns segundos. “Tão bonita, tão dona de si”, me diz.
Entra no chuveiro também. Passa a mão em meus cabelos molhados. Aproveita para me ajudar a lavá-los. Depois, ensaboa meu corpo e enquanto esfrega minhas costas sou penetrada. Fazemos amor com força e entrega. Sentimos os corpos despertarem juntos. Cada parte acordando lentamente pelo desejo. Encosto as mãos na parede, entregue ao prazer. Sinto o ápice chegar. Aperto a mão do meu companheiro apoiada em meu quadril. E gozo. Estou acordada. Cheia de vida. Saímos ambos molhados pelo quarto. Ele atrás de mim com a toalha. Seca meu corpo, enquanto o cheiro de café invade a casa. O dia começa.
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