Tudo o que você queria saber sobre orgasmos
Celebre o dia internacional do orgasmo com conhecimento. Entenda tudo sobre orgasmos e como são os orgasmos femininos.
Um quentinho na barriga. Uma sensação de estar em uma montanha russa. Sair para fora do corpo. Uma descarga de prazer incrível. Os franceses o chamam de La petit mort - na tradução literal, a pequena morte. Muito além de uma resposta fisiológica da sexualidade humana, o orgasmo e a busca pelo prazer são pilares fundamentais de uma sociedade.
Para nós, mulheres, é uma experiência ainda mais intensa. Segundo a pesquisadora Helen O’Connell, o orgasmo feminino é em 80% dos casos uma resposta direta da estimulação do nosso clitóris: o único órgão no corpo humano dedicado 100% para o prazer. E é graças a sua presença em nossos corpos que temos a habilidade de chegar lá - múltiplas vezes.
Neste dia 31, dia internacional do orgasmo, queremos celebrar a nossa potência multiorgástica e habilidade de sentir prazer com a melhor ferramenta que uma mulher pode ter: o conhecimento.
A CIÊNCIA DO ORGASMO
Qual a origem dos nossos orgasmos em nossos corpos? Todos os estímulos que sentimos são registrados em nossos cérebros. Quando você tem um orgasmo, há um aumento de oxigênio e nutrientes no cérebro. Nesse sentido, o orgasmo funciona como uma ginástica para os neurônios.
O orgasmo feminino é mais duradouro que o masculino: dura entre 13 a 51 segundos, contra os 10 a 30 segundos dos orgasmos em pessoas com pênis. Quando você tem um orgasmo, seu cérebro é imerso em hormônios de prazer, como:
- Dopamina: é um dos principais hormônios da felicidade, ligado ao sistema de recompensa do seu cérebro.
- Endorfinas: analgésico natural que o corpo libera, as endorfinas também desestressam e ajudam a memória.
- Ocitocina: chamado de o hormônio do amor e é associado ao aumento do afeto social.
- Testosterona: liberado durante qualquer ato sexual, a testosterona aumenta a duração do estado de excitação.
- Prolactina: importante para a lactação humana, a prolactina também influencia seu humor e seu sistema imunológico.
ORGASMOS SÃO O ÁPICE DO PRAZER
Nos anos 1960, os primeiros estudos sobre níveis de excitação afirmavam que todos os atos sexuais seguiam um padrão: desejo, estímulo e excitação, um breve platô e, finalmente, o orgasmo.
O site e método OMGYES categoriza as fases orgásticas femininas em seis: aumento do desejo; aquecimento; aumento da excitação; aproximação do orgasmo; orgasmo e retomada da excitação e multiplicidade.
No aumento do desejo, aquecimento e aumento de excitação, é importante criar o clima certo. E o prazer está na nossa cabeça. Grande parte das mulheres que gozaram pela primeira vez disseram que a dificuldade estava na pressão imposta para gozar.
MECANISMO DE CONTROLE SEXUAL DUPLO
Segundo Emily Nagoski, nós temos um mecanismo de controle sexual duplo. Nós temos um acelerador e um freio na nossa mente que respondem aos estímulos que recebemos.
O segredo está no equilíbrio: aumentar os estímulos que te excitam, ou seja, acelerar. E ao mesmo tempo diminuir os estímulos que te travam: tirar o pé do freio.
A sua excitação sexual é resultado de quão sensíveis são os seus aceleradores e freios e em qual contexto esses estímulos se dão. Por isso algumas vezes pode parecer que a lingerie, o vibro, a vela, o filme... nada te desperta. Nesse dias, pode ser mais interessante trabalhar os estímulos que estão te travando.
E COMO EU SEI SE TIVE UM ORGASMO?
Alguns sinais podem te ajudar:
- Contrações involuntárias nos músculos
- Aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos e respiração, com a rápida absorção de oxigênio.
- Espasmos nos músculos do pé
- Existe uma súbita descarga de tensão.
- Os músculos da vulva e da pelve contraem
- Pode aparecer um rosado na pele por todo o corpo
82% DOS ORGASMOS TEM ORIGEM CLITORIANA
Alfred Kinsey, Masters and Johnson e Share Hite reforçaram, durante as décadas de 1950, 60, 70, a relação direta da estimulação clitoriana para nós termos orgasmos. Mas só foi em 1998, ao dissecarem 10 cadáveres femininos, que a urologista australiana Helen O'Connell descobriu toda a estrutura do clitóris.
Depois desse estudo, ficou claro que todos os orgasmos genitais são de origem clitoriana - não existem orgasmos vaginais, como acreditavam antigamente. Mas a ciência do orgasmo vai além da estrutura do clitóris. Estima-se que 90% do clitóris é interno e quando olhamos para uma vulva, só conseguimos ver a glande - a ponta do clitóris.
Estudos recentes indicam que ele tem aproximadamente 8.000 terminações nervosas conjuntas - o que significa mais prazer e mais sensibilidade - além de orgasmos múltiplos e mais duradouros.
E não é à toa que chamamos o clitóris de uma estrutura complexa! Não basta apenas saber onde fica o clitóris, pois não é um botão mágico, mas sim uma estrutura complexa. São muitos nomes e formações diferentes.
Um poderoso complexo interno de 7 a 9 cm, conectado ao osso púbico, e em contato com o canal da uretra e o canal vaginal, o clitóris é formado por uma glande, cruras, bulbos (o equivalente a próstata masculina) e corpo cavernoso.
Se compararmos o clitóris com o corpo humano, a glande seria é a sua cabeça. As duas estruturas que se desenvolvem a partir dela, denominadas o corpo cavernoso, são os seus braços. As extremidades dos seus braços, chamadas de crus, são as suas mãos. E as duas bolsas internas, os bulbos, são como se fossem suas pernas.
O clitóris é um órgão sexual formado pelo mesmo tecido embrionário do pênis. A diferença é que a sua única função é dar prazer. Enquanto o pênis está sobrecarregado de responsabilidade reprodutiva e excretora.
A DESIGUALDADE DO ORGASMO
Infelizmente, duas de três pessoas com vulva não estão gozando quando entram em uma relação sexual. Existe um abismo em relação aos homens, que têm dificuldade em chegar ao orgasmo em 28% dos casos.
Nós precisamos primeiro entender que gozar é um direito nosso, e devemos sempre nos descobrir e educar o nosso parceiro(a) nas nossas preferências. É importante entender que nós não podemos abdicar do nosso prazer.
ORGASMOS MÚLTIPLOS
Assim que gozamos, nosso clitóris fica muito sensível, pode dar até um desconforto em mexê-lo. E então somos programadas para parar de encostar depois do orgasmo. Mas não precisamos parar. É um processo de reprogramação: entendemos que podemos chegar várias vezes ao orgasmo e entendemos que outras partes do nosso corpo podem participar dessa experiência.
Quando nos masturbamos, é provável conseguirmos chegar a outro orgasmo estimulando com delicadeza a nossa vulva. Obter um segundo orgasmo ou orgasmos múltiplos tem a ver com escolher movimentos prazerosos diferentes para retomar a excitação nesta fase tão sensível.
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