Tudo Sobre Masturbação - Lilit Explica
“Todo mundo se masturba da mesma forma?”
“A masturbação causa doenças?”
“É normal me masturbar mesmo estando em um relacionamento?”
“Masturbar-se faz mal?”
Se não foi você mesma a fazer alguma das perguntas aí de cima, certamente conhece alguma mulher que já se questionou sobre o assunto. Isso porque mesmo sendo parte natural da nossa forma de expressar sensações e sentimentos, a maneira como lidamos com nossa sexualidade está contaminada por uma visão moralista.
Todas essas indagações que surgem fazem com que o erótico e o prazer sejam substituídos pela vergonha, pela culpa e pelo medo. Neste texto — que é mais um papo honesto entre amigas —, quero compartilhar informações e reflexões para nos livrarmos das ideias que restringem nossa liberdade.
E, para começo de conversa, trago uma verdade pouco exposta: ninguém nasce sabendo o que gosta ou não, seja na masturbação ou em uma relação com outra ou mais pessoas. Para descobrir, temos de colocar nossa intenção nesse movimento, estarmos dispostas a um bom detox de todos os tabus que fomos ensinadas e, aí sim, experimentar novos caminhos de ser e sentir por inteiro.
Em pesquisa com a Comunidade Lilit, descobrimos que
_ 56% das entrevistadas não se masturba nunca ou se masturba raramente;
_Entre as que se masturbam, 64% sempre atingem o orgasmo
_Porém, apenas 16% das mulheres atingem o orgasmo durante a relação sexual (um gap de 48% com o dado anterior)
Alguns fatores tornam esse gap ainda mais expressivo:
_70% mulheres em relacionamento ou casadas atingem o orgasmo frequentemente em suas relações, contra 58% no grupo de mulheres solteiras (sexo casual);
_55% das mulheres entre 18-29 anos atingem o clímax durante as relações, esse número sobe para 67% entre mulheres de 30-42 anos e para 70% entre mulheres com mais de 42 anos.
Existe muita informação contraditória, mitos e rumores sobre a masturbação. É importante saber que a masturbação é um direito seu e só você pode saber se você quer praticar ou não. Masturbação não faz mal, não é pecado e nem vicia.
Algumas coisas que você deveria saber sobre masturbação antes de mergulharmos de cabeça nessa conversa. Masturbar-se:
_ libera hormônios;
_ ajuda no humor;
_ pode aliviar estresse e ansiedade;
_ auxilia na manutenção do sono;
_ aumenta autoestima;
_ pode melhorar a vida sexual a dois (ou mais parceiros);
📖 Leia mais em “ Os efeitos da masturbação no cérebro”
Quando uma mulher se toca e acessa o manancial de poder que há em uma sexualidade sadia, uma transformação acontece. Esse é nosso convite, a partir desse texto: descobrir de que forma podemos nos aproximar de nossos desejos e, a partir daí, mergulhar nas infinitas possibilidades de prazer. Vamos
💻 Assista ao trailer do documentário Female Pleasure
BLOCO 1: COMPREENDER
Quando você aprendeu sobre masturbação?
É bem provável que a definição que temos de masturbação, hoje, tenha como base o início da nossa relação com a prática lá atrás, quando ainda éramos pequenas. Seja com o travesseiro, braço do sofá, chuveirinho… a masturbação pode ser, sim, coisa de menina. Quando novas, esse é um ato tão sensorial e sem erotismo quanto cócegas. É algo que dá uma sensação gostosinha e ponto. Mas, para boa parte dessas meninas, a exploração do corpo é barrada por falas como "vamos procurar algo para distrair você!", "não toca aí!", "isso é feio, pecado” ou, ainda, "não faça isso, papai do céu tá vendo".
Independentemente de ter passado por essa experiência mais cedo ou mais tarde, o fato é:
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Não aprendemos a ocupar nossos corpos para o nosso próprio prazer e a regra geral é não nomearmos a nossa vulva;
- Como consequência, não conhecemos o nosso clitóris e nos sentimos mais responsáveis pelo prazer do outro.
O que você sente quando está se masturbando?
Pode ser que logo quando você começa a se masturbar alguns pensamentos invadam a sua mente: "E se alguém chegar?", "será que estão desconfiando do que estou fazendo aqui?", "e se tiver uma câmera escondida no meu quarto e alguém tiver vendo?". E não, para muitas mulheres esses pensamentos não fazem parte de uma fantasia para apimentar o momento, mas sim de um bloqueio calcado na vergonha, no medo e no tabu. É importante reconhecer tais julgamentos, falar sobre e elaborá-los. Só assim podemos dar a devida importância e trabalhar para ressignificá-los. Não é um caminho simples e fácil, mas é recompensador.
Para vivenciar o prazer em todo o seu potencial, é preciso sentir tudo. Não é só gostosinho e leve. Orgasmos tem a ver com perder o controle. É como se o nosso corpo não desse conta e, por um breve instante, houvesse um apagão. Os franceses chamam o orgasmo de La Petite Mort, ou, em português, a pequena morte, em uma tentativa de referenciar o clímax com a sensação de perda completa de tensão corporal. Mais à frente, compartilho algumas dicas de como vivenciar esse prazer de corpo inteiro.
💻 Assista ao documentário A sexualidade feminina
O que a história nos diz sobre a masturbação feminina?
Há uma escassez literária em relação à masturbação feminina. Para entender a timeline de opressão a que fomos subjugadas sexualmente, é preciso, também, entender a posição da mulher nas sociedades ao longo da história. Se há pouca referência a respeito da masturbação feminina, o que se encontra tem um denominador comum: a expressiva conotação negativa quando não a total proibição do ato.
Não se falava sobre masturbação e, quando acontecia, era de uma forma bastante suavizada, cheia de dedos e eufemismos. O que existe de tão errado com a palavra masturbação, que faz com que tenhamos de recorrer a outras formas de expressá-la?
Não foi sempre assim. Até a época das antigas civilizações, a masturbação gozava de um lugar de destaque, quando não até celebrativo. O ato era retratado livremente na arte, sem julgamentos. Do filósofo grego Diógenes, o Cínico, que se masturbava em público, à estátua de uma mulher se masturbando, encontrada na antiga Malta: a masturbação era vista com naturalidade e parte de um processo absolutamente normal da sexualidade humana.
Foi a chegada do cristianismo que estigmatizou a autoestimulação. Qualquer prática que não fosse reprodutiva passou a ser vista com maus olhos.
“A masturbação é considerada um pecado desde o século 4, não apenas porque não era procriativa, mas também porque ocorria fora do território do casamento.”
— Hallie Liberman, autora de Buzz: The Stimulating History of the Sex Toy
O pico do estigma surge no século 18, com a publicação do panfleto inglês Onania, no qual seu autor anônimo argumentava que a masturbação viciava e poderia danificar nervos e músculos.
📖 Leia mais em “Masturbação feminina, uma história"
É a partir do século 20 que as coisas começam a mudar, especificamente nos anos 60 e 70, com a criação das oficinas de masturbação da educadora sexual Beatty Dodson, a publicação de textos de sexualidade feminina e o nascimento de lojas de brinquedos sexuais feministas. De lá para cá, continuamos trabalhando arduamente para que a sexualidade da mulher seja pautada na liberdade. Porque acreditamos que o prazer feminino é capaz de provocar uma revolução!
Para finalizar a primeira parte dessa conversa, trago um resumo do que falamos até aqui e algumas perguntas para você aprofundar sua reflexão:
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Resumo: O que aprendemos sobre masturbação lá atrás — ou o que deixamos de aprender — interfere diretamente nos tabus que carregamos, ainda hoje, sobre o tema. Para mudar nossa relação com o prazer, é imprescindível que entendamos de onde vem essas amarras históricas e culturais. Só assim poderemos romper com esse ciclo nocivo que impuseram sobre a nossa sexualidade.
Perguntas norteadoras para uma sexualidade mais livre e prazerosa:
_Você lembra da primeira vez em que se masturbou?
_Como você se sentiu?
_Quais pensamentos cruzam sua mente durante a masturbação?
_Você consegue perceber o que é imposição social e o que é percepção própria?
_O que tem feito para desmistificar os tabus que carrega?
BLOCO 2: QUESTIONAR
Hoje, o seu prazer é responsabilidade de quem?
As mulheres que costumam se masturbar gozam com mais frequência. Inclusive no sexo. A verdade é que estamos tão acostumadas a ocupar um lugar de agradar e satisfazer o outro que tiramos a conclusão precipitada de que o nosso gozo é responsabilidade de alguém. "Ele não me fez gozar”, falamos com frequência. Mas o fato é: ninguém nos faz gozar além do nosso próprio corpo.
As pessoas podem dar abraços, beijos, amassos. Mas os orgasmos não são dados. E esse é um dos motivos que costumamos fingir orgasmo para não quebrar o clima ou chatear o parceiro, a parceira, os parceiros. Mas cabe a você saber o que é necessário para sentir prazer e ter um orgasmo. E isso passa, claro, por autoconhecimento. Experimente técnicas e ferramentas como vibradores e lubrificantes e descubra gostos, peculiaridades, preferências.
Você tem autonomia e liberdade para gozar, independente do outro. Quem está com você ali, na hora de uma relação sexual, deve ser visto como uma parceria que proporcionará coisas insubstituíveis como toque, conexão, corpo a corpo. Mas você também importa! E é essencial que seja ativa nesse processo.
💻 Assista ao trailer do documentário A arte do prazer feminino, de Frédérique Barraja
Qual o espaço que a masturbação tem na sua vida?
Eu já ouvi de médicos ginecologistas que eles costumavam chamar a masturbação de outro nome. Só assim poderiam conversar com meninas sobre a importância da prática para o seu autoconhecimento e cuidado sem sofrer represálias das mães das jovens.
Também já conversei com mulheres que criavam verdadeiros rituais para a hora da masturbação. Luz baixa, música relaxante, vela, leitura do conto erótico da semana… Em contrapartida, para outras, a masturbação é aquele rápido shot relaxante antes de dormir. Ainda tem aquelas que consideram o assunto proibido.
Ou seja: o assunto da masturbação não é encarado da mesma forma por todas as mulheres, nem ocupa espaço igualitário em suas vidas. Por isso, é fundamental que você entenda que lugar ela tem no seu dia a dia. E se você precisar de um estímulo para considerá-la importantíssima por aí, a gente ajuda: para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde sexual é condição necessária para o bem-estar físico, psíquico e sociocultural.
Quanto tempo você dedica à masturbação?
Estamos mais acostumadas a passar horas em uma maca de depilação, colocando cera quente sobre as nossas vulvas, do que dedicar trinta minutos a nos tocar. Temos essa fantasia de que sabemos como faz e aí ficamos sem paciência para o processo. Mas acredite: a masturbação é mais sobre o decorrer prazeroso do que sobre o "chegar lá". A pressão para ter um orgasmo logo pode, inclusive, atrapalhar o seu momento. A dica principal, portanto, é focar no prazer.
Faça o que é bom, experimente como pode ficar melhor. Conecte-se a esse momento presente porque, sim, é sobre isso. É sobre o seu prazer — e você já está vivendo isso enquanto se toca. Aproveite. Quando você tiver sentindo muuuuuuito prazer os orgasmos virão para coroar. Mas eles nada mais são do que o clímax. Se ele não aparece sempre, não quer dizer que a experiência não tem seu valor. Foque nessa construção. E construções tomam tempo. O seu prazer precisa estar na sua agenda.
Qual é o papel da masturbação nas suas relações?
A gente vai crescendo. A masturbação vai virando coisa de gente jovem, solteira ou solitária. Para algumas pessoas, se você tem uma parceria amorosa ou sexual satisfatória, não precisaria se masturbar. E aí entra uma camada densa — e distorcida — da nossa noção do amor romântico. É como se precisássemos ser desejadas por alguém que nos complete e atenda a todas as nossas necessidades para vivenciar o prazer por completo.
Mas essa é uma visão do sexo muito limitada (e heteronormativa). É quase exclusivamente genital e, muitas vezes, coloca a penetração como atração principal. Tudo que acontece antes da penetração seria, então, visto como preliminar e, em casos de relações heterossexuais, após o cara chegar lá o sexo acabou. E aí, mais uma vez, o nosso prazer fica para depois.
📖 Leia mais em “Um guia moderno para as preliminares”
Eu acredito que a masturbação é o primeiro passo para uma vida mais prazerosa e satisfatória. É um exercício prático de autoconhecimento e só a partir dele você estará apta a comunicar as suas preferências aos outros. É a principal forma de explorar todo o potencial do clitóris, o único órgão do corpo humano dedicado exclusivamente ao prazer.
📖 Tudo que você precisa saber sobre o clitóris está aqui
E é uma forma de expressão de seus sentimentos e sensações independente das suas relações sexuais acompanhadas. Não é excludente, não precisa ser uma coisa ou outra. Masturbação e sexo podem caminhar lado a lado, ajudando a melhorar cada uma das práticas.
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Resumo: As pessoas podem dar abraços, beijos, amassos. Mas os orgasmos não são dados.A verdade é que ninguém nos faz gozar, além do nosso próprio corpo. Cabe a nós mesmas sabermos o que é necessário para sentir prazer e ter um orgasmo. E isso passa, claro, por autoconhecimento.
Perguntas norteadoras para uma sexualidade mais livre e prazerosa:
_Você se autorresponsabiliza por seu prazer?
_Você enxerga a masturbação como uma ferramenta de autoconhecimento sexual?
_Você considera que a saúde sexual é condição necessária para o bem-estar físico, psíquico e sociocultural?
_Se masturbação é também um autocuidado, que papel ela tem na sua vida?
_Você percebe que a masturbação auxilia positivamente nas suas relações sexuais?
BLOCO 3: TRANSFORMAR
Todo mundo se masturba da mesma forma?
Já vimos que a masturbação não é encarada do mesmo jeito por todas as mulheres, nem ocupa espaço igualitário em suas vidas. Por isso, é natural que também não seja feita da mesma forma por todas elas, né? A autoestimulação é uma jornada própria, um exercício de autoconhecimento que não tem receita, modo correto, boas práticas. Há, isso sim, dicas e ferramentas que podem facilitar o processo, mas a protagonista será sempre você.
Um exercício transformador pode ser tão simples quanto pensar em você e se imaginar se masturbando. Ficar em frente a um espelhão e olhar para o seu corpo. Pegar um espelhinho e focar na sua vulva. O que você vê? Você reconhece? Sabe nomear? O que sente? Isso não será algo que você precise resolver em uma sentada. É um exercício diário. É como querer olhar o seu rosto no espelho uma única vez e achar que é o suficiente para conhecer o seu rosto. A aparência muda, assim como a sua observação, expressões e marcas.
Esse exercício pode ser interrompido. Você pode fazer um pouquinho por dia. Quando se sentir confortável, deitada na cama, no banho ou no ambiente que desejar. Toque o seu corpo. Um toque leve e sutil pelo corpo todo. Sinta essas cócegas e sensação. Com as mãos, com o Bullet Lilit. Vá aos poucos se aproximando da sua virilha, vulva, lábios e clitóris.
Descubra a sua forma de se masturbar — e abandone-a e busque outras, sempre que seu desejo pedir.
📖 Veja oito pinturas que retratam o significado da masturbação feminina na arte
De quais formas você costuma se masturbar?
O nosso cérebro é preguiçoso. Estamos sempre em modo econômico e por vezes é fácil se acostumar a acessar sempre o mesmo passo a passo para chegar lá. E independentemente desse método estar dando prazer a você e satisfazendo-a de determinada forma, continua sendo um método. Um caminho.
Só temos a ganhar quando aceitamos que é preciso explorar o nosso corpo como se não nos conhecêssemos. Porque, de fato, a gente não se conhece. Está tudo mudando o tempo todo, inclusive você. O seu corpo, a sua mente, a sua vulva, a sua relação, o seu contexto. Nada é do mesmo que foi ontem. Você tem ousado descobrir outros caminhos?
📖 Ritual de imersão no prazer: para quem está com bloqueio de prazer ilimitado
O que complementa a sua masturbação?
Se autocuidado não é apenas skincare, a sua sexualidade não se resume a sexo. E também não é apenas a masturbação. A potência da nossa intimidade é como uma força vital. A líbido, também conhecida como desejo sexual, é a nossa pulsão de vida. Vai muito além do seu quarto.
É sobre o quão intensamente você vive. Eu tenho a crença de que uma mulher que goza desfruta a vida. E não apenas a relação. A nossa sexualidade é sobre quem somos e o que desejamos. E uma vez acessada essa força, é muito difícil aceitar menos. Na cama, no trabalho, nas relações. O que te dá prazer nessa vida?
📖 Leia “Os pequenos prazeres da vida”
Tem um nível de desejo ideal para se masturbar?
O desejo é importante, mas você não precisa estar subindo nas paredes e colocar a masturbação como um recurso final de salvação. Algumas mulheres posicionam a masturbação como prática para relaxar em momentos estressantes, para tirar a tensão do corpo, para se conectar com o seu próprio corpo.
Não faz muito tempo, acreditava-se que o desejo feminino era espontâneo e que precisava sempre ocorrer para que o envolvimento sexual existisse. Depois de muitos estudos, percebeu-se que esse sistema não corresponde ao sistema de prazer da mulher, principalmente para aquelas em relações de longa duração. Surge, então, um novo conceito: o desejo sexual responsivo.
Nele, o prazer não aparece instantaneamente, mas sim como uma resposta a determinado estímulo ou investimento prazeroso. Ele acontece mesmo quando não existe um desejo inicial espontâneo e surge simultaneamente com a excitação. Portanto, não há termômetro que meça o nível de desejo ideal para começar a se masturbar. Se há vontade, toque-se. Comece aos poucos. E veja onde isso vai dar.
Como começar?
Estimule o clitóris indiretamente. Esfregue as suas mãos e, em seguida, coloque sobre a sua vulva no formato de uma concha, como se fosse encaixar a sua mão. Pressione levemente e sinta o calor da sua vulva.
Deite de barriga para cima, com as pernas dobradas e abertas, como a posição de borboleta, e comece a passar suas mãos sutilmente na sua vulva, de baixo para cima, do períneo até o seu umbigo. Como se estivesse na praia, sentada na areia de pernas abertas, cavando um buraco. Esse movimento de cavar suavemente, uma mão seguida da outra, com os seus dedos passando entre os lábios e o clitóris, ajudará a despertar a região.
Gentilmente segure os seus pequenos lábios entre o dedo indicador e o polegar. Faça o movimento como se você estivesse colocando uma pitada de sal no seu prato preferido. É um movimento de esfregar suavemente os dedos envolvendo e alongando os pequenos lábios. Quando você estiver sentindo prazer, com a ponta dos seus dedos, um, dois ou três, sutilmente, toque a ponta do seu clitóris em um movimento vai e vem, de um lado para o outro, ou de cima para baixo.
Tente devagar, rápido, o que for bom e fizer bem a você. Use uma pressão leve, moderada ou mais forte. Tente diferentes combinações. Conforme desejar, faça movimentos mais concentrados e curtos, até toques mais amplos, que vão de um lado a outro da sua vulva.
Agora, tente movimentos circulares na região do seu clitóris. Pequenos, médios e grandes e amplos círculos que envolvam o seu clitóris na velocidade e pressão que preferir. Complemente o movimento: você pode usar a sua outra mão para, simultaneamente, massagear o seu corpo, usar um vibrador para massageá-la ou penetrar outros dedos no seu canal vaginal.
Se desejar experimentar outras movimentações, use os dois primeiros dedos como um sinal de paz para beliscar suavemente a pontinha do clitóris e puxar delicadamente para cima e para baixo, ou deslize os dedos em um movimento para frente e para trás. Mas com cuidado porque a glande é extremamente sensível devido às terminações nervosas. Um toque mais forte pode incomodar. Se isso acontecer, continue estimulando a região ao redor dele de forma suave.
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Para ajudá-la a refletir sobre masturbação e prazer, criamos esse material que resume o texto aí de cima e que traz algumas perguntas para cada tópico:
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Resumo: a autoestimulação é uma jornada própria, um exercício de autoconhecimento que não tem receita, modo correto, boas práticas. Há, isso sim, dicas e ferramentas que podem facilitar o processo, mas a protagonista será sempre você.
Perguntas norteadoras para uma sexualidade mais livre e prazerosa:
_De quais formas, hoje, você costuma se masturbar?
_Você se permite espaço de experimentação? Se toca com curiosidade? Busca complementações a sua masturbação, como vibradores, lubrificantes, estimulantes externos (playlists, vídeos, contos eróticos) etc?
_Você espera que o desejo esteja lá a todo vapor para começar a se tocar ou começa a se tocar despretensiosamente e espera que ele surja naturalmente depois?
1 comentário
Hi, acho genial estar conversando a respeito do assunto. Achei esclarecedor em varias áreas. Achei interessante trazer dados, pesquisas e referencias para enriquecer o conteúdo de cada texto. Gostei dos links e os textos poderia ser um pouco mais curtos como um todo, trocando parágrafos grandes por menores com imagens ou tabelas.