Como é o sexo para pessoas com deficiência?

Estando em uma cadeira de rodas, uma das perguntas que mais me fazem é se eu posso transar. 

Você já falou com um estranho na rua e perguntou para ele sobre sua vida sexual? Nem eu. As pessoas olham para a cadeira de rodas e automaticamente acham que elas podem perguntar absolutamente tudo o que quiserem, que tudo é permitido e acham que eu vou de livre e espontânea vontade divulgar informações privadas sobre minha vida sexual com estranhos enquanto estou na rua comprando pão. Pera lá, né?

Pessoalmente, eu sou super aberta quando falamos de sexo. Eu acho que a deficiência e os relacionamentos sexuais precisam ser mais discutidos. Esse tabu de falar de sexo e deficiência me soa muito familiar, e nós realmente precisamos falar sobre isso e quebrar essas barreiras. 

Aqui estão 9 coisas que você precisa saber quando se fala sobre sexo para cadeirantes: 

Sim, nós podemos transar

Transas de um noite só, amizade colorida, ménages, relacionamentos. Tudo que você pode fazer nós podemos fazer também. “Eu às vezes acho que pessoas sem deficiência acham que nós não somos seres humanos” - conta @simplyemma2. “Nós temos sentimento, desejos e necessidades, independente da nossa deficiência. Meu namorado sem deficiência e eu temos uma vida sexual ativa excelente e apaixonada, e ele nunca reclamou de nada”. 

Também é um preconceito comum achar que cadeirantes só tem relacionamentos com outras pessoas com deficiência porque nós temos essa familiaridade, e mesmo que isso aconteça, não é sempre o caso. Muitos cadeirantes têm parceiros sexuais sem nenhuma deficiência. 

Tem mais do que penetração no sexo

Com a Deanne Laurette aponta, o sexo com penetração é quase sempre visto como a única forma de transar, mas isso não pode estar mais distante da realidade. Se penetração não é possível, você pode praticar o sexo oral, a masturbação mútua, solo e o uso de vibradores.

Existem muitas possibilidades para explorar um orgasmo fora a penetração vaginal e anal. E todos nós merecemos dar e receber prazer. 

Não faça generalizações

“As razões para as pessoas estarem em uma cadeira de rodas são diversas” conta @ourelectra, e isso é verdade. Você pode dormir com cinco cadeirantes diferentes e cada um ter uma necessidade específica. Infelizmente, é comum o preconceito de acharem que temos alguma paralisia ou deficiência mental porque estamos em uma cadeira de rodas. 

Não deveria ser um tabu

Sexo e deficiência não são mutualmente exclusivos, e como pessoas sem nenhuma deficiência, os cadeirantes tem desejos, necessidades e fantasias que querem muito realizar. Sexo é uma parte fundamental da vida que a maioria das pessoas aproveita, e não tem nada de errado com isso.

Cadeirantes são atraentes, e você não é estranho por querer ficar com a gente 

Pessoas são atraídas por outras por uma grande variedade de razões. Pode ser a aparência, o intelecto, a personalidade… e isso não impede que sintam tesão na gente porque usamos rodas ao invés de pernas.

Não tem nada errado em querer ficar com uma pessoa cadeirante. Nós temos muito para oferecer, e no final das contas, você vai transar comigo, não com minha cadeira de rodas. 

 

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Comunicação é vital 

“A coisa mais errada que você pode fazer é tentar me tirar da cadeira, a não ser que eu tenha indicado que eu queira sair” conta @BecMajor. “Já tiveram caras que carregaram da minha sala pro meu quarto, o que eles acham que era bem romântico, e eu acho sinceramente apavorante”. 

Consentimento é a palavra-chave aqui. Você tem que ser o mais claro possível para fazer a experiência ser incrível. 

Adapte-se e seja criativo

“PCDs são forçados a se adaptar em todo aspecto na vida, incluindo o próprio quarto, mas isso não significa que a experiência vai ser menos válida ou menos divertida”, conta Ruby. E @simplyemma2 concordou: “Minha deficiência nunca foi um problema, eu e meu namorado sempre achamos maneiras que funcionam pra gente. Curtimos tentar coisas novas.”

Usar a cadeira de rodas me deu um novo senso de apreciação para a criatividade e explorar o sexo de diferentes formas. Em alguns casos, como no meu, você pode ter algumas vantagens, como ser bastante flexível. 

Tente posições diferentes, use almofadas, coloque o edredom debaixo dos quadris, ache a melhor maneira para sua situação. Curta suas fantasias, fetiches, tudo o que uma pessoa sem deficiência faria. 

Deficiência não precisa ser um fetiche

Embora existam pessoas que têm tesão em deficiência, a maioria dos PCDs querem pessoas que realmente queiram elas por quem elas são - e não a sua deficiência. “Não queremos ser quota de fetiche” - conta Sophie. 

PCDs também são LGBTQIA+

Não somos todos brancos, heterossexuais e cisgênero. O sexo consensual com um cadeirante é igual a qualquer outro sexo. Não somos extraterrestres, nós sabemos o que estamos fazendo e o que gostamos.

Escrito por Sarah AlexanderTradução livre de artigo publicado originalmente na Cosmopolitan. Leia o artigo original.

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