Couro e renda
Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.
Quando o Sebastian me chamou para sua festa a fantasia eu tinha a impressão que as coisas estavam ficando um pouco… selvagens. Quando um desconhecido resolveu nos observar, resolvemos deixar - e até deixar ele participar.
O quarto estava na penumbra. Os teto tinha um pé direito muito alto, e eu de repente me senti pequena. A mulher à minha esquerda estava em um macacão de látex, beijando outra mulher com os seios desnudos. Eu tentei não encarar. A energia era de pura sacanagem: os corpos dançando, suando e roçando entre si.
Eu já tinha escutado sobre as festas temáticas do Sebastian antes, as pessoas fantasiadas que saiam para quartos privados, antes do entardecer. Mas ninguém fala sobre o que realmente acontece ali. Coisas de círculos fechados.
Meu olhar se estendeu pelo o quarto, mas eu não conseguia ver o Sebastian. O convite dele foi uma mensagem simples no whatsapp. “Venha, quero você aqui. Se fantasie.”
Ele sempre escolhia as palavras certas. Mesmo quando ele era abordado pela imprensa sobre o trabalho dele. Ele era uma pessoa direta, estóica.
- O que você deseja beber?
- Um Martíni, por favor.
Eu estava inclinada no balcão do bar e olhei pro clima da festa. A música era como água, envolvendo todos ao redor.
Menos uma pessoa.
Ele estava sozinho na janela, com um cigarro entre os lábios. A fumaça saía por toda a direção, e eu vi que seus olhos acinzentados estavam me encarando. Percebi ele me checar. Vi seu sorriso. Eu tirei o sobretudo que estava e revelei, finalmente, minha fantasia. Um corpete de veludo e uma saia de látex, deixando minhas nádegas impossivelmente arrebitadas. Botas de couro vinham até minhas coxas.
O sorriso dele se alargou.
- Jaque! Você veio. Eu estava procurando por você. O que você achou?
- Eu já vim direto pro bar. A festa tá ótima!
Papo vai, papo vem, reparei que o homem ainda encarava a gente.
- Quem é ele?
- Um amigo meu. Acabou de se mudar de Londres. Bonito, né?
- Sim…
- Você quer que eu te apresente?
- Ainda estou decidindo.
- Vem comigo. Quero te mostrar algo.
Ele me levou para um quarto com teto de vidro. Dava para ver todas as estrelas da noite, como mil olhos nos encarando.
Olhei para seus olhos e vi as covinhas do seu sorriso. Ele pegou na minha mão e sentamos em um sofá de veludo no centro do quarto. Ele me beijou - seus lábios quentes, suas mão segurando meu rosto.
- Eu achei que você era tímida.
- Achou errado.
Ele abriu o meu corpete e meus seios pularam por cima. Seus olhos estavam semicerrados. Quando ele ia me tocar, senti uma pessoa entrar pela porta. O homem dos olhos cinzas.
- Seu amigo voltou.
- Tá tudo bem. Pode entrar.
Eu não sei como aquela coragem saiu de mim, mas perguntei:
- Você quer nos assistir?
- Não. Quero participar.
- Você quer, Jaque?
- Quero. Agora ou nunca.
O Sebastian me beijou ferozmente. Senti o desconhecido me olhar e baixar suas calças. Ele se ajoelhou na minha frente e colocou as mãos nos meus braços, nos meus ombros.
Ele empurrou minha calcinha e começou a me lamber, focando no meu clitóris como um homem com sede.
Eles pareciam insaciáveis. Isso alimentou uma fome dentro de mim. Pedi para os dois levantar e comecei a lamber o pau dos dois, alternando. Chupava o Sebastian, chupava o desconhecido.
- Preciso te comer…
Sebastian me colocou de quatro e enfiou tudo, já com toda velocidade, enquanto chupava o seu amigo.
O estranho gozou na minha boca enquanto eu gemia contra seu pau, quase gozando enquanto era fodida por Sebastian. Ele olhou pra mim e riu, me dando um beijo para abafar meus gemidos.
Ele colocou o dedo no meu clitóris enquanto Sebastian me comia com força:
- Goza pra gente…
Eu gritei. Soltei um som gutural. As linhas do quarto borraram e eu só via vermelho.
Sebastian veio logo depois, com um grunhindo. O estranho saiu e voltou com um champanhe e três taças.
- Servidos?
Tradução livre de conto publicado no Dipsea. Escute o áudio original.