Celebrando
Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.
Marina foi demitida, estava cansada e queria logo chegar em casa. Mas quem disse que isso ia impedir ela celebrar a grande gostosa que ela é? Descubra sua jornada de auto amor.
Eu estava cansada. De tudo, sabe? Minha mesa marrom, o computador antigo que mal ligava, o cheiro de mofo do carpete. Carlos e sua cara quando pedia para refazer o trabalho, do sistema dando pau o tempo todo. Naquela manhã de terça nublada, o Carlos me chamou pra sua mesa e me falou do meu desligamento, junto com outros cinco colegas.
-Você sabe, a empresa perdeu três clientes só esse mês. Não deu mais e vamos ter que demitir.
Enquanto ele falava, eu só olhava pra fora da janela e observava o céu nublado. O que estava acontecendo ali era um dos piores medos de uma capricorniana: ser demitida. Mas, estranhamente, uma calma imensa tomou conta de mim, junto com um estranho alívio. Pra que me desgastar?
Assinei a papelada na minha frente, juntei minhas coisas na minha mesa e entreguei o crachá. Dei uma última olhada pro prédio de concreto no meio da Av. Paulista tentando entender o que se passava na minha cabeça - "não é possível que eu não chore, não desespere, não ligue pros meus pais e amigos desesperada" - pensava. Mas não conseguia sentir nada. A mais pura indiferença.
No metrô, senti meu corpo pedir arrego, enquanto estava em pé no vagão lotado. Um esgotamento tomou conta de mim. Porra, precisa chegar em casa logo. E precisava abrir uma garrafa de vinho.
Joguei as chaves na mesa e peguei aquele vinho rosé francês que ganhei da Gabi. Eu tinha um ciúmes absurdo de abrir aquele vinho, tava guardando pra uma ocasião especial, mas foda-se. “Quer ocasião melhor do que se livrar de um emprego merda?” - pensei alto.
Na minha segunda taça, senti uma vontade de deitar e aproveitar o calorzinho que tomava conta do meu corpo. Tirei toda a roupa, incluindo meu sutiã e calcinha, e fui pro quarto. Passando pelo espelho atrás da porta, vi de relance meu corpo “O emprego pode ter ido embora, mas você continua gostosa pra caralho” - pensei alto, passando a mão nos meus seios fartos e na minhas coxas grossas - como eu cheguei a odiá-las em um ponto da minha vida?
Uma onda de tesão tomou conta de mim, enquanto movia minhas mãos por todo meu corpo. Não sei se era o calor, se era o vinho, se queria me sentir viva e aproveitar a minha nova liberdade. Naquele momento, não existia mais ninguém no mundo: só eu, meu corpo e aquele tesão imenso crescendo dentro de mim.
Sem vergonha nenhuma eu podia falar que me amava. Amava a curva da minha barriga, as dobrinhas nas costas. Meu quadril largo, minha pinta na virilha.
Deitei na cama e comecei a passar a mão lentamente no meu corpo, descendo até a minha vulva. Peguei o lubrificante na cabeceira - normalmente eu tinha super economizada para só transar com alguém, mas quem disse que hoje eu ia economizar algo? Passei um pouco na mão e espalhei por toda minha vulva. Eu amava a sensação do lubrificante gelado na minha vulva quente.
Muito lentamente, enfiei um dedo, depois o outro na minha vagina - no movimento de chamar - sentia a parede esponjosa da minha vulva inchada. Era um crescente gostoso, delicioso, irresistível. Senti que estava gozando e virei a cabeça pro lado, meu coração completamente acelerado. Eu precisava daquilo como remédio.
Uma ideia cruzou a minha cabeça: e se eu não parasse ali? Eu queria mais daquela sensação. Mais liberdade, mais prazer. Com as pernas bambas, abri minha gaveta de calcinhas e peguei meu bullet bordô. Resolvi que iria pro banho - o quentinho da água talvez ajudasse minha vulva inchada e excitada. Em pé no box, liguei o vibrador enquanto sentia a água escorrer pelas minhas curvas. Botei na potência mínima - só de tocar no meu clitóris, sentia uma aflição, mas uma aflição deliciosa. Mas e se eu insistir? E se eu não tiver medo de ir além? Pressionei meu vibrador ali.
Minha cabeça traiçoeira voltava para os momentos da minha demissão. Para a cara do Carlos me dispensando, para a minha cadeira antiga. Me imaginei com meu vibrador sentada lá, de pernas abertas, com minha saia levantada. O Tiago, meu colega de trabalho, olhando, sem poder fazer nada - chocado e com tesão. "Essa sou eu de verdade" - eu falaria. Eles não tinham ideia de quem eu era. Mas eu tinha.
"Foda-se isso!" - pensei, enquanto sentia um incômodo, que logo deu lugar pro prazer. Com movimentos em cima do capuz do meu clitóris, senti que estava próximo de gozar. E dessa vez a onda era intensa. Sentei no chão - minhas pernas estavam bambas. Senti uma água jorrar de leve, uma explosão. Via mini pontos pretos e sentia um calor incrível me abraçar. Caralho!
Comecei a rir sozinha, enquanto enxaguava meu cabelo. Às vezes, tudo que eu precisava era perder o controle. Me reencontrar no caos e entender que sou capaz.