A amiga: Me vi no sofá com as pernas abertas
HISTÓRIAS ERÓTICAS PARA MULHERES LIVRES. INSPIRE-SE E DESPERTE SUA IMAGINAÇÃO PARA SENTIR NA INTENSIDADE QUE VOCÊ DESEJA. CONTOS PARA GOZAR E SE DELEITAR. NA VIDA, NO QUARTO E NA CAMA.
5 anos casadas. Estávamos felizes juntas, mas faltava um tempero para apimentar nossa relação de volta. Até Lilia, nossa amiga de longa data, trazer um vinho para um happy hour em um reencontro pós quarentena.
Você me ensinou o significado de felicidade. E isso não era um exagero. Toda vez que eu encontrava seu cachecol na porta de casa meu coração enchia de felicidade. Era você.
Mas no meio de tanto amor, naquele pequeno espaço de confinamento, nos perdemos um pouco. Dia após dia, hora após hora, me sentia perdida naqueles momentos não ditos, nas palavras não trocadas. Era do escritório do home office para o banho, escovar os dentes e dormir. E repete de novo. E repete mais uma vez.
Mesmo com todo amor do mundo, caímos numa rotina. E em uma rotina totalmente previsível. Acorda, escova os dentes juntas, cada uma no seu notebook. Almoça um congelado, para de trabalhar de tarde, começa a cozinhar algo para a janta. Pausa pro Netflix abraçadas até uma de nós desmaiar de sono.
E repete. E repete. E repete de novo.
Enquanto eu lavava meu rosto, naquela manhã quente de janeiro, vi meu olhar fundo. Olhar de quem não via brilho na vida, que vivia para repetir rotinas. Meu celular tocou de relance e vi Lilia avisar que iria chegar na sexta.
- Amor, tá lembrada que a Lilia vem sexta?
- Não?! Meu Deus, tem que comprar cerveja…
Lilia era a nossa amiga mais próxima. Foi Lilia que apresentou Amanda pra mim. Ela que botou fé no nosso relacionamento e viu o potencial que tínhamos juntas. E olha a gente aqui, casadas.
Como sempre, ela bateu na nossa porta pontualmente. 17h da tarde, escutamos o barulho do elevador e sua pisada leve. Vi no rosto da Amanda uma luz diferente - provavelmente, o mesmo misto de sentimentos que eu estava sentindo. Nostalgia. Antecipação.
- Perfeitas!
Nos abraçamos como se fosse ontem. Como se estivéssemos nos arcos debaixo dos Arcos da Lapa, 7 anos atrás.
Abrimos o melhor rosé da adega. Lilia parece que tinha saído do túnel do tempo. Os mesmos cabelos curtos e loiros, a mesma risada. Mas se você realmente conhecesse Lilia, saberia que ela estava diferente.
Ela havia passado por um período turbulento: seu pai tinha falecido, se separou do seu marido, resolveu sair do emprego e empreender na pandemia. E estava solteira. Mais livre do que nunca.
Depois de comermos uma pizza, sentamos no sofá e começamos a olhar algumas fotos antigas na TV.
E lá estava: a fatídica foto de nós três tomando um café da manhã depois da louca noitada que transamos. Senti borboletas na barriga. Olhei para Amanda e vi seu sorriso se expandir. Trocamos olhares - as duas estavam pensando na mesma coisa. Nós duas já tínhamos conversado que queríamos repetir.
- Esse dia foi louco - comentei, rindo.
- Vocês sabem que foi a melhor transa da minha vida?
- Até do que com o Marcos?
- Não chega aos pés dos Marcos. Vocês mudaram minha concepção de sexo.
Coloquei o vinho na mesa do canto. Alguém tinha que dar o primeiro passo, e eu estava alta o suficiente pra tomar a iniciativa.
Beijei Lilia suavemente e parei para ver sua reação. Seu olhar se iluminou e um sorriso apareceu no seu rosto. Ela olhou para Amanda:
- Vocês tem certeza?
Foi a vez da Amanda. Amanda beijou Lilia com força, enquanto eu começava a desabotoar sua blusa. E foi um emaranhado depois disso: estávamos as três nuas no sofá, nos beijando por todos os lugares que encontrávamos.
Eu beijei a vulva da Lilia enquanto Lilia chupava Amanda com força. No desespero, no afã, na busca do gozo. As duas chegaram lá quase juntas, com gemidos altos - sem medo de fingir costume. E ninguém parou para respirar.
Me vi aberta no sofá, com minhas pernas abertas, com as duas me chupando. Ao mesmo tempo. Amanda no meu clitóris, Lilia inserindo um, depois dois dedos na minha vagina. O olhar delas atento para me fazer gozar. Não aguentei. Gozei na boca das duas.
Elas se beijaram. Me beijaram. Nos beijamos.
Exaustas, suadas, contentes, nos abraçamos. Troquei um rápido olhar com Amanda, e ela sorriu para mim, como se fosse antigamente.
Talvez aquele fosse um novo passo para algo novo.
