Alto mar
Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.
Ela nunca tinha trabalhado em um navio antes. Mas depois de pandemia, com 25 anos e sem muitas perspectivas de vida, Ana encontrou na vida embarcada uma saída para descobrir o mundo. E é assim que ela o capitão Moore, dirigente do navio Marveille. Ela só não esperava que ele entraria desse jeito em sua vida.
Eu não lembrava quanto tempo eu estava em sua cama. Só sei que, quando aconteceu, foi tudo muito rápido.
Era meia noite de uma quarta-feira, o meu turno tinha acabado, e eu estava exausta. Estávamos embarcados faziam quatro semanas, e os nossos hóspedes do barco Merveille não paravam de pedir cocktails.
Naquela noite, o capitão Moore, um inglês de cabelos longos e barba espessa - o tipo de capitão de barco estereotipado, sentou no balcão do bar e pediu um whisky.
Era engraçado como ele intimidava toda a tripulação, mas eu nunca - nem uma vez - me senti encurralada por aqueles olhos azuis. Eles me transmitiam a calma e a paciência de um homem que viveu muita coisa. As tatuagens eram a única evidência de uma juventude rebelde. Eu me sentia estranhamente atraída por ele - era aquele tipo de tesão inexplicável.
- Noite difícil? - ele me perguntou, com sua voz grave.
- Você nem imagina.
Ele me escutava com atenção enquanto eu desabafava. Contei como sentia saudades da terra firme, da minha família, mas eu amava cada segundo daquela experiência ali. Ele perguntou das minhas origens, do que eu iria fazer depois.
- As primeiras vezes são assim mesmo. Quando falamos que o mar é solitário, as pessoas não acreditam. Mas eu tenho plena confiança em você.
Eu não sei se foi a marola, ou o cansaço, ou apenas um lapso, mas eu cruzei todas as barreiras e beijei sua boca, me estendendo em direção ao bar.
- Meu Deus, me desculpa…
Ele olhou de volta chocado, e rapidamente, vi o fogo se acender nos olhos azuis. Fogo naquele mar calmo. Ele me beijou de volta, ávido, e quando vimos, estávamos em sua cabine.
Era errado, eu sabia, ele sabia, mas isso não impediu de eu tirar aquela camisa polo, ele desabotoar meu uniforme, e meus seios deslizarem sob o peito dele. Ele me deitou em sua cama, e minhas pernas o entrelaçaram - não deu tempo de tirar as meias, o salto. Abri sua braguilha e rapidamente nos unimos.
O balanço do mar lá fora era a única lembrança que existia um mundo externo - tudo o que eu conseguia era sua barba espessa, sua boca no meu pescoço, minhas mãos em suas nádegas enquanto ele metia fundo.
Mais, mais e mais. Eu era consumida por aquele homem, de calma plácida, de dedos experientes, e eu queria mais.
Sexta-feira o sol nascia lá fora, e eu ainda me encontrava em seus braços. Toda noite, eu iria escondida para sua cabine. Nós não discutimos a repercussão daquilo. O que a tripulação poderia pensar. Nós nos encontramos nos nossos toques, na nossa fome de afeto, e ali ficamos.
(Continua)