Contos direto ao ponto
Conto 1 | Te Esperando
Três horas. Três horas sentado naquela cadeira, exausto, esperando a reunião de fechamento do mês acabar. O Marquinhos, nosso gerente de projeto, fazia questão de reunir todo mundo lá, com aquelas discussões já discutidas previamente. Tudo aquilo ali podia ser um e-mail. Pelo menos, sempre rolava um bolinho de cenoura.
Meus olhos estavam quase colando no meu cérebro de tanto que revirava o olhar. Olhava para o horário do celular de hora em hora, e de repente, vi uma mensagem no whatsapp. Era Pri, minha esposa, com um emoji de diabinho e uma linguinha. Interessante.
Fui para o banheiro e abri a imagem em anexo. Era ela com a lingerie azul que comprei de dia dos namorados, na frente de um espelho. Seu sorriso solto, feliz, olhando com uma cara marota. “Te espero” - dizia a legenda. Eita Porra.
Meu pau ficou duro na hora. Quer saber? Foda-se Marquinhos. Tinha prioridades muito importantes em casa. Foda-se essa reunião. Mandei um e-mail falando que precisava ir antes para casa para o Antonio, líder da equipe, e ele na hora respondeu que também estava indo embora. As estrelas estavam se alinhando.
Praticamente corri até a garagem. Ela sabia que me tinha na mão. No rádio, Perfect Day do Lou Reed anunciava que meu dia estava para melhorar. Senti seu cheiro no banco do lado: mais de 10 anos namorando, 5 anos casado, e eu sempre ficava arrepiado ao sentir seu cheiro. Ela me tinha na mão, e eu amava ser seu.
Subi correndo as escadas e vi que a porta estava semi aberta. Escancarei, procurando por ela, como se fosse água no meio do deserto.
- Aqui, Pedro.
Ela estava dentro do quarto. Abri a porta e ela estava na frente da varanda, exatamente como na foto. Só que sem a calcinha do conjunto.
- Porra, Pri...
- Deita.
- Seu desejo é uma ordem.
Deitei na cama e ela colocou dois travesseiros embaixo da minha cabeça. Eu adorava quando ela queria mandar. Era uma das suas melhores versões. Quando ela me fazia realizar exatamente o que ela queria: me usar até gozar.
- Você sabe o que eu quero, né?
- Sei.
Ela não precisava nem falar. Ela subiu na cama, colocando as pernas entre os travesseiros e minha cabeça, sua vulva direto na minha cara.
Ela era realmente a água do meu deserto: eu não demorei e comecei a lamber delicadamente, apreciando seus lábios, seu clitóris, seu cheiro adocicado. Amava a lubrificação natural escorrendo pela minha barba, o contraste da sua buceta e dos meus pelos grossos.
- Ah… Mais forte…
Ela rebolava os quadris na minha cara enquanto eu segurava suas coxas. Eu sabia que ela queria rápido, mas eu queria demorar. Queria sentir sua vulva pulsar na minha boca. Queria beber toda sua excitação.
-Eu falei mais forte! - ela disse, segurando meu cabelo, me forçando a acelerar as lambidas. Foquei no no seu clitóris: circulava com a língua, sem parar, com força. Sentia ela arfar e gemer alto, minha saliva se misturando com a sua lubrificação.
- Ahhh caralho!
Suas coxas tremeram nas minhas mãos e eu tive que segura-las com força. Senti suas pernas bambas, como se ela fosse despencar na cama. Levantei e a abracei, sentindo o cheiro do seu cabelo.
- Pega o cabernet na adega. Necessitando.
-Tudo o que você quiser...
Conto 2 | Couro e Renda
O quarto estava na penumbra. Os teto tinha um pé direito muito alto, e eu de repente me senti pequena. A mulher à minha esquerda estava em um macacão de látex, beijando outra mulher com os seios desnudos. Eu tentei não encarar. A energia era de pura sacanagem: os corpos dançando, suando e roçando entre si.
Eu já tinha escutado sobre as festas temáticas do Sebastian antes, as pessoas fantasiadas que saiam para quartos privados, antes do entardecer. Mas ninguém fala sobre o que realmente acontece ali. Coisas de círculos fechados.
Meu olhar se estendeu pelo o quarto, mas eu não conseguia ver o Sebastian. O convite dele foi uma mensagem simples no whatsapp. “Venha, quero você aqui. Se fantasie.”
Ele sempre escolhia as palavras certas. Mesmo quando ele era abordado pela imprensa sobre o trabalho dele. Ele era uma pessoa direta, estóica.
- O que você deseja beber?
- Um Martíni, por favor.
Eu estava inclinada no balcão do bar e olhei pro clima da festa. A música era como água, envolvendo todos ao redor.
Menos uma pessoa.
Ele estava sozinho na janela, com um cigarro entre os lábios. A fumaça saía por toda a direção, e eu vi que seus olhos acinzentados estavam me encarando. Percebi ele me checar. Vi seu sorriso. Eu tirei o sobretudo que estava e revelei, finalmente, minha fantasia. Um corpete de veludo e uma saia de látex, deixando minhas nádegas impossivelmente arrebitadas. Botas de couro vinham até minhas coxas.
O sorriso dele se alargou.
- Jaque! Você veio. Eu estava procurando por você. O que você achou?
- Eu já vim direto pro bar. A festa tá ótima!
Papo vai, papo vem, reparei que o homem ainda encarava a gente.
- Quem é ele?
- Um amigo meu. Acabou de se mudar de Londres. Bonito, né?
- Sim…
- Você quer que eu te apresente?
- Ainda estou decidindo.
- Vem comigo. Quero te mostrar algo.
Ele me levou para um quarto com teto de vidro. Dava para ver todas as estrelas da noite, como mil olhos nos encarando.
Olhei para seus olhos e vi as covinhas do seu sorriso. Ele pegou na minha mão e sentamos em um sofá de veludo no centro do quarto. Ele me beijou - seus lábios quentes, suas mão segurando meu rosto.
- Eu achei que você era tímida.
- Achou errado.
Ele abriu o meu corpete e meus seios pularam por cima. Seus olhos estavam semicerrados. Quando ele ia me tocar, senti uma pessoa entrar pela porta. O homem dos olhos cinzas.
- Seu amigo voltou.
- Tá tudo bem. Pode entrar.
Eu não sei como aquela coragem saiu de mim, mas perguntei:
- Você quer nos assistir?
- Não. Quero participar.
- Você quer, Jaque?
- Quero. Agora ou nunca.
O Sebastian me beijou ferozmente. Senti o desconhecido me olhar e baixar suas calças. Ele se ajoelhou na minha frente e colocou as mãos nos meus braços, nos meus ombros.
Ele empurrou minha calcinha e começou a me lamber, focando no meu clitóris como um homem com sede.
Eles pareciam insaciáveis. Isso alimentou uma fome dentro de mim. Pedi para os dois levantar e comecei a lamber o pau dos dois, alternando. Chupava o Sebastian, chupava o desconhecido.
- Preciso te comer…
Sebastian me colocou de quatro e enfiou tudo, já com toda velocidade, enquanto chupava o seu amigo.
O estranho gozou na minha boca enquanto eu gemia contra seu pau, quase gozando enquanto era fodida por Sebastian. Ele olhou pra mim e riu, me dando um beijo para abafar meus gemidos.
Ele colocou o dedo no meu clitóris enquanto Sebastian me comia com força:
- Goza pra gente…
Eu gritei. Soltei um som gutural. As linhas do quarto borraram e eu só via vermelho.
Sebastian veio logo depois, com um grunhindo. O estranho saiu e voltou com um champanhe e três taças.
- Servidos?
Tradução livre de conto publicado no Dipsea. Escute o áudio original.
Conto 3 | Me Escute
Preste atenção:
Enquanto você estiver lendo isso, você é minha. Leia e me imagine. Eu sou a única coisa que você vê no momento. Imagine meus lábios movendo enquanto eu falo.
Você está deitada na mesa. Enquanto caminho por perto, meus olhos estão passeando por todo o seu corpo, olhando como você é gostosa.
Eu preciso que você fique parada. Assim. Respire fundo. Sinta as suas costelas expandirem. O estresse sair pelos seus ombros, suas costas. Relaxe.
Está gelado debaixo do seu corpo nu nessa mesa, não é? Tudo bem. Dobre seus joelhos e abra as pernas. Não hesite. Abra e deixe eu te ver. Minha boca está salivando. As algemas estão pesadas em meu bolso, mas eu não quero usar agora. Mas eu vou usar se você não me obedecer e abrir os olhos.
Eu gosto de te ver assim. Esperando, ansiosa por minhas mãos. Seus lábios são tão macios na ponta dos meus dedos. Abra a boca. Agora lambe. Lambe meus dedos que eu quero passar eles por todo seu corpo.
Eu amo a maneira que a minha mão envolve seu pescoço. Seu peito sobe e desce debaixo dos meus dedos molhados. Calma, você está muito animada. Sinta os meus dedos passarem por toda a sua barriga. Eu estou vendo seu arrepio, os mamilos duros. Cada músculo do seu corpo parece líquido nas minhas mãos.
Agora eu estou nas suas coxas, sentindo sua pele tremer onde eu te toco. Eu sei que você está molhada. Deixa vir. Deixa os músculos do seu ventre apertarem. Você é tão linda desse jeito.
Minhas mãos vão para os seus seios. Pego seus mamilos entre os meus polegares e dedos indicadores e eles estão duros enquanto eu giro eles, levemente. Isso dói? E se eu morder eles, desse jeito?
Acalme-se. Vire o corpo de barriga para baixo. Gire a cabeça para esquerda, veja no espelho como sua bochecha está quente contra a mesa. Eu sei que é frio e gelado para seus mamilos sensíveis e as suas coxas trêmulas.
Eu passo a minha mão na sua coluna vertebral e vou descendo. Abra suas pernas. Sim, desse jeito. Eu vou colocar meus dedos dentro de você.
Eu começo com dois dedos espalhando sua excitação por toda sua vulva. Agora eu vou colocar meu dedão dentro de você, naquele ponto que você adora. Eu vou mover os dedos de cima bem lentamente no seu clitóris, enquanto meto o dedão no direto no ponto. Eu sinto você tremer e apertar contra minhas mãos.
Não vou deixar você fugir. Te seguro na base da sua coluna. Você vai sentir cada dedo meu contra sua vulva. Eu nunca senti você tão molhada. Quero que você exploda na minha boca.
Me ajoelho na frente da mesa e minha língua sente todo o seu clímax, sua buceta pulsante, minhas mãos segurando as suas nádegas. Eu vou beber tudo, cada gota do seu gozo.
Eu te libero. Seu corpo está plácido, relaxado sobre a mesa. Beijo o seu pescoço.
Sempre que precisar, estarei aqui.
Tradução livre de podcast publicado originalmente no Dipsea. Escute o áudio original.