Ideias para conseguirmos alcançar a igualdade sexual
Todo ano, dia 08 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, um feriado político que honra a luta e as conquistas das mulheres ao redor do mundo. Tivemos um longo caminho desde a primeira comemoração, em 1908. Mas ainda falta um grande percurso para conseguirmos a igualdade de gênero.
Em 2014, o World Economic Forum previu que demoraria até 2095 para alcançarmos a igualdade de gênero mundial. E no ano seguinte, em 2015, eles estimaram que com o progresso feito até agora, a diferença entre os gêneros só acabaria em 2133.
Essas são notícias péssimas, cortesia do site oficial do Dia Internacional da Mulher. O mundo precisa de empresas que se esforcem para acelerar mulheres no ambiente de trabalho. E indivíduos - tanto homens quanto mulheres - devem sempre ter uma atitude proativa nas suas vidas pessoas para ajudar mulheres e meninas a alcançarem suas ambições, estimular a liderança feminina, respeitar e valorizar a diferença e desenvolver uma cultura mais inclusiva e flexível.
Na Lilit, o nosso foco é sexo e intimidade, e nós já falamos um pouco da desigualdade do orgasmo e opressão do prazer da mulher.
Aqui estão 7 dicas que toda mulher pode tomar para assegurar sua autonomia do prazer no dia internacional da mulher:
Equidade do orgasmo: Todo mundo merece ter prazer igualmente. Tenha certeza que seu parceiro sempre se esforça para te trazer um orgasmo, assim como você sempre se esforça por ele. E se eles não conseguirem te fazer chegar lá, vá em frente e se masturbe! Se eles não quiserem te ajudar, goze sozinha e procure um novo parceiro.
Adeus para o slut-shaming. Não fale mal de mulheres que amam transar e tem uma vida sexual entusiasmada. Não se sinta mal ou culpada por sua libido alta, esteja sozinha ou acompanhada. Não ligue para o número de pessoas que você já transou e fique comparado a lista das suas amigas ou parceiros. E se defenda caso alguém te culpe por ser uma mulher sexual.
Conheça seu corpo. Ame seu corpo. Não tenha vergonha dele. O explore com suas mãos e olhos - internamente e externamente. Não espere alguém descobrir como seu corpo funciona e como você gosta de gozar: mostre para eles! Se masturbe regularmente, esteja você sozinha ou em um relacionamento. E tenha certeza de comunicar os desejos do seu corpo com todos seus parceiros.
Seja responsável pela sua saúde sexual. E nós estamos falando tanto mentalmente quanto fisicamente. Carregue sempre uma camisinha. Use a pílula anticoncepcional ou outras formas de método contraceptivo direito. Sempre vá ao ginecologista e cheque se tem alguma DST e faça os exames de rotina. Fale com seu parceiro abertamente, honestamente e sem vergonhas sobre sua vida sexual. Não faça nada que você não queira fazer, diga não claramente se você se sentir desconfortável - seja inseguro em um primeiro encontro ou esteja você casada por mais de 30 anos. Se você for abusada ou estuprada, faça um B.O na Delegacia da Mulher da sua cidade. E se você ver alguém que não consegue cuidar da sua saúde sexual por estar sendo manipulado ou controlado, interfira e ajude.
Invista no seu prazer. Você e seu corpo merecem. E os estudos mostraram que mulheres que se masturbam e usam vibradores têm mais chances de ter satisfação sexual - tanto sozinhas como acompanhadas. O vibrador certo - como o Bullet Lilit, ideal para quem nunca usou um vibrador - pode ser a chave para alcançar um orgasmo. Evite vibradores baratos e prefira materiais de qualidade, seguros (sem ftalatos e BPA) e recarregáveis. Coisas simples como um lubrificante podem transformar a maneira como você enxerga o sexo. Tente achar um material erótico que combine com você, como os nossos contos eróticos, livros eróticos, pornôs feministas e filmes eróticos no Netflix e Amazon Prime.
Defenda uma educação sexual de qualidade. Lute pelo direito de ter uma boa educação sexual e contra os programas de abstinência sexual. Se você tem crianças, fale com eles sobre anatomia (use os termos corretos!), sexualidade, segurança, consentimento e respeito. Dê cópias de livros educativos sexuais - como o “Mamãe como eu Nasci?” de Marcos Ribeiro, “De onde viemos” de Peter Mayle e Arthur Robbins, “O planeta eu” de Liliana Lacocca e Michele Lacocca e “Não me toca, seu boboca” de Andrea Viviana Taubman. Compre você mesma livros sobre educação sexual. Fale com seus amigos de todos e gêneros e orientações sexuais sobre sexo, feminismo, política, LGBTQIA+ e expanda sempre seus horizontes.
Lute por seus direitos reprodutivos. Eles estão em perigo: quando perdemos eles, as mulheres perdem. Perdemos privacidade, autonomia, segurança financeira e determinação. Não tenha dúvidas, quando você não pode decidir por seu próprio corpo, você é diminuída. E não estamos falando só sobre o direito ao aborto legal, como o acesso a pilulas anticoncepcionais pelo SUS, o direito ao planejamento familiar e ao tratamento gratuito do câncer de mama e do sistemas reprodutivos.
Escrito por Em & Lo. Tradução livre de artigo publicado originalmente no Huffpost. Leia artigo original.
Foto Capa Bruna Bento