Sessão de Terapia II
Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.
Eu virava as páginas da revista, mas meus olhos mal enxergavam as palavras na minha frente. Meu corpo todo estava conectado aos sons da sala, estava esperando aquela abertura de porta familiar e o som dos saltos dela no chão de madeira. Nós tínhamos concordado que não deveria mais me ver como minha terapeuta. Mas ela queria conversar de novo. Ela disse que iria me encaixar nas suas duas últimas sessões. Eu não tinha ideia o que ela queria conversar. Eu olhei para ela enquanto ela andava pelo corredor. Parecia que tudo aquilo era um jogo, nós duas tentando manter nossos rostos plácidos, tentando esconder nossas emoções.
- Oi! Pode entrar.
Eu sentei no sofá de couro familiar e olhei para toda a decoração da sala. Era impecável, clean e elegante. Ela sentou e cruzou as pernas. Era estranho vê-la sem a caneta na mão ou seu laptop aberto.
- Com você está Rose?
- Estou ótima. Eu posso perguntar como você está? Ou estou quebrando alguma regra? Não que não tenhamos quebrado antes...
Ela não respondeu a pergunta. Ao invés disso, ela se inclinou para trás, apoiando seus ombros na cadeira. Seus braços estavam cruzados na frente do peito. Mas sentia que ela não estava tentando me excluir. Ela me conhecia bem o suficiente para saber que eu amava um desafio.
- Eu sinto que você está jogando comigo.
- Se minha memória não falha, é assim que você gosta.
O silêncio entre nós parecia ter peso. Senti esse peso direto em meus ombros, a gravidade me puxando para baixo. Eu estava tentando lidar com ela estando no controle. Ela levantou. Eu fiquei surpresa com sua altura de novo. Olhou diretamente para mim. Tinha uma intensidade no olhar dela única. Mas sua boca curvou em um sorriso debochado. Estávamos jogando mais uma vez - ótimo. Ela me beijou com seu tom autoritário, me desafiando. Seus lábios não pediam permissão, demandavam. Senti ela morder meu lábio de baixo. Nossos corpos estavam colados. Ela puxou meu cabelo enquanto me beijava, com força. A adrenalina corria em minhas veias e meu peito. Ela parou de me beijar e sorriu, segurando meus ombros.
- Você está certa... Eu amo jogar. Até demais.
- Foi o que eu vi. Eu vou sentar aqui na minha cadeira e quero ver você me mostrar o quanto você pensou em mim essa semana. Me mostre como você se tocou.
Senti minha vulva toda molhada a cada frase que ela falava. Sentei no sofá e fiz questão que ela olhasse cada movimento dos meus dedos, que estavam circulando meus lábios e meu clitóris.
- Eu quero escutar você falar o que você pensa enquanto faz isso. Descreva para mim.
- Eu gosto de pensar nos seus dedos deslizando na minha buceta assim. Em círculos aqui. O quanto eu estou molhada e como você me torturaria devagarinho.
A essa altura o tesão já tinha me levado e estava gemendo alto.
- Não feche os olhos. Olhe para mim - ela pediu.
Eu não conseguia parar de gemer.
- Eu quero te ajudar, mas você tem que prometer que vai ficar quieta enquanto te como. Tem pessoas na sala de espera e eles vão descobrir o que estamos fazendo aqui. Isso não pode acontecer. Posso confiar em você?
- Eu espero que sim. Você sabe todos os meus segredos...
- Feche os olhos. Não abra até eu falar. Deslize os dedos para o seu clitóris. Isso. Em círculos. Eu quero que você goze gostoso.
Eu fazia o possível e o impossível para não gemer.
- Abra mais suas pernas. Você tá quase lá. Vá mais rápido.
Meu corpo estava tremendo, sentia toda minha parte debaixo vibrar. Eram as palavras delas que me faziam segurar as ondas de orgasmo.
- Isso. Muito bem. Abre mais a perna. Ótimo.
Eu escutei o som dos seus saltos no chão. E senti ela se ajoelhar entre minhas pernas. Suas bochechas acariciavam minhas coxas. A língua dela passeava entre minhas coxas e meus lábios, indo e voltando. Eu mexia em círculos no meu clitóris, como ela pediu.
- Você pode abrir os olhos agora. Eu quero que você me olhe enquanto te fodo.
Ela enfiou os dedos em mim e não aguentei o gemido alto.
- Você ama isso, não é sua safada? Isso. Geme mais.
Ela enfiava em mim só a ponta dos dedos.
- Mais. Isso, por favor, enfia tudo. Vai, eu fui boazinha... Aí eu to quase...
- Hmmm... você tá tão apertada. Eu tô com tanto tesão te vendo, te sentindo...
O ritmo dela era devagar, mas eu senti que era de propósito. Era como uma batida de tambor. De novo, de novo e de novo. Me levando a beira de um orgasmo. Era demais.
- Vai goza, goza gostoso. Vai!
Não aguentei mais e senti uma onda quente me invadindo enquanto gemia. Senti meu rosto todo quente.
- Eu não quero parar de te ver mais.
- Mas isso vai ter que acontecer.
Fim.
Tradução livre de podcast publicado originalmente no Dipsea. Escute o áudio original.