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Hora dourada

Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.

Dominique estava acostumada a colocar as necessidades dos outros na frente. Quando ela dá uma festa no terraço da sua casa, ela fica nervosa e não consegue curtir. Mas quando ela reencontra Clara, tudo muda. 

Eu ajustei minha blusa e olhei para minha imagem refletida na janela. Eu conseguia ver que a multidão no terraço do prédio estava começando a se dispersar. O pôr do sol laranja iluminava a festa e me fazia sentir como se eu já estivesse um pouco bêbada. 

- Tô vendo que você já tá de olho nas pessoas.  

- Ei, eu só estou vendo se todo mundo está se divertindo. 

- Todo mundo aqui é adulto. Você não precisa ficar fiscalizando se está faltando bebida. Eu só quero que você aproveite sua própria festa. 

- Eu estou. Eu aproveito só de estar cuidando das coisas desse jeito.

- Para de ser doida, garota. 

- Você também é. 

Olhamos para uma ruiva chegando, com um vestido longo e óculos escuros. 

- Eita, a Clara acabou de chegar. 

- Ela deveria saber que esse é o fim da festa… Você chamou ela?

- Lógico. Você fica stalkeando ela no Instagram desde que eu fiz aquelas fotos com ela. Fora isso, você falou que eu poderia convidar quem eu quisesse. 

- Bom, ela parece estar ótima. 

A festa parecia que tinha mudado. Um espaço se abriu para a Clara, naquele seu esplendor ruivo, caminhar. Ela estava no parapeito olhando para todos. Perfeitamente casual, com seu vestido longo com uma parte do seu abdômen à mostra. Ela parecia que tinha acabado de sair de um iate em Ilhabela. Eu imaginei ela ao acordar, a luz da hora dourada batendo na sua pele. 

Dei um oizinho de longe. 

- Você tá encarando, vai logo falar com ela. 

- O que eu posso falar? 

- Vai garota, use sua magia da extroversão. Pergunta sobre o que ela faz. Aposto que ela tá doida por uns jobs de modelo.

- Para de ser doida. Ai meu deus, ela tá vindo aqui. 

- Vou pegar um drink para vocês conversarem. Boa sorte! 

Eu balancei a minha cabeça e fiquei de costas para o bar. Dei um longo gole no meu Cosmopolitan e fiquei a encarando timidamente, com um meio sorriso. 

- Oi Dominique. 

- Oi! 

- Você se importa se eu fumar do seu lado?

- De forma alguma. 

Ela começou a fumar do meu lado em silêncio. Ela estava perto o suficiente para eu sentir o cheiro do seu perfume. Jasmim e algo profundo, como couro. Eu olhei para olhar os prédios do entorno e ela fez o mesmo. E quando eu virei minha cabeça para a observar vi seu sorriso. 

- Você quer fumar também?

- Agora? Tá bom. 

- Então, você é mais observadora? 

- Normalmente não. Normalmente eu fico trabalhando sem parar para ter certeza que todo mundo que está tomando um drink e contente. Sendo a anfitriã. Eu não consigo me segurar. Mas hoje não. Eu tô tentando ser mais informal. 

- Sim… consigo sentir isso. 

Eu estava claramente nervosa, amassando minhas mãos nas minhas costas. 

- E o que mudou hoje?

- Ah, você vai achar brega. Mas foi um relacionamento. 

- Um rompimento de relacionamento?

- Não. Melhor te poupar da história toda. 

- Não, eu quero ouvir. 

Eu comecei a falar e percebi que as pessoas nos observavam enquanto falávamos, mas eu estava sinceramente cagando para isso. Ela me olhava nos olhos. Eu sentia como ela estivesse me desafiando, mas eu não conseguia manter o contato visual. Eu olhava pra baixo, para os lados… conseguia contar as suas sardas. 

Meus pensamentos pareciam nós atados. Mas com cada pergunta que ela fazia, eu sentia como ela estivesse os desenrolando. E eu me peguei falando coisas que eu não falava nem mesmo pra mim mesma. 

Naquela hora, o pôr do sol já estava acabando. Nós estávamos sozinhas no telhado.  Eu mal notei. Parecia como se nós estivéssemos nos conhecido há muito tempo. Tinham palavras e perguntas que eu sentia que ela fazia como se quisesse descobrir algo a mais. 

- Bom, talvez você ainda não tenha ficado com uma pessoa que sabe o que você quer. 

- E o que você acha?

- Acho que você está cansada de fazer muitas escolhas. Ter que decidir por todo mundo. Eu acho que você quer uma pessoa que te cuide e tome as rédeas. 

Eu não sei o que me possuiu naquele momento, mas eu soltei:

- E porque você não toma as rédeas? 

Ela sorriu e colocou uma das minhas tranças atrás da minha orelha, passando a mão no meu pescoço. Eu coloquei as pontas dos meus dedos no seu vestido, pegando as alças e a trazendo mais para perto. 

Clara estava com as mãos nos meus quadris. Eu balancei a cabeça afirmativamente e ela levantou o tecido da minha saia. Ela tirou minha blusa e colocou a língua nos meus mamilos. 

Não tinha muitos móveis no terraço. Eu vi uma mesa baixa de madeira dando bobeira e eu não precisei falar nada. Ela disse, no meu ouvido:

- Seja uma boa garota e deite naquela mesa. 

- Sim, senhora. 

- Desse jeito. 

Ela tirou o vestido e pegou o tecido. Eu levantei meus braços, conforme ela instruiu, e ela prendeu com o vestido de verão dela. Puta que pariu. 

- Se você quiser que eu pare, fale Vermelho. Mas faça o que eu te pedir. Eu sei que você quer alguém que tome as rédeas, mas o controle é um hábito difícil de perder. Quero te ajudar nisso. 

Ela se ajoelhou entre as minhas pernas e desceu minha calcinha. Sentia como se toda a cidade estivesse de olho na gente.

Ela começou a passar a língua em toda minha vulva: nos lábios, no meu períneo, quase escapando do meu clitóris. Ninguém tinha me chupado assim. A sua boca parecia que queria me devorar por completo. Tomar todo o controle. 

- Ah… Me come…

Ela começou a ir com mais força, agora direto no meu clitóris, o beijando com força. Eu queria empurrar sua cara contra a minha buceta, mas estava presa. Levantei meus quadris para irem na sua boca. 

Senti dois dedos dentro de mim enquanto girava a língua no meu clitóris. De novo, de novo, e de novo. Eu levantei minhas costas, meu ombro na tábua fria da mesa. Eu me sentia chegando em primeiro lugar em uma corrida, meu corpo quente e meus gemidos incontroláveis. 

Gozei com tudo, meus fluidos escorrendo entre minhas pernas. Senti a vibração da sua risada, enquanto ela levantava e sorria para mim. 

Se isso era perder o controle, eu queria perdê-lo todo dia. 

 

Tradução livre de conto publicado no Dipsea. Escute o áudio original.

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