Flerte na porta da escola (Parte 2)

Não parei de pensar em nossas conversas até a quinta-feira, quando combinamos nosso encontro. Claro que expectativas foram criadas, já que, trocando mensagem para acertar os detalhes do encontro, R. me convidou pra sua casa, e seguimos com o flerte:


— Olha, na nossa idade, não quero ser piegas de te chamar pra ir à minha casa assistir filme. Mas podemos pensar que um bom vinho e uma boa companhia combinam com um papo legal, né? E se fizéssemos uma compra e fossemos lá pra casa depois? Temos um bom tempo, as crianças só saem da escola às 18h... 


— Ah não, só vou se for pra assistir um filme...


— Venha para o que quiser, só quero você aqui comigo.


Ok, tinha sido piegas...


Estrategicamente escolhi um vestido com uma calcinha de renda super safada por baixo. Deixei as crianças na escola e segui nervosa ao seu encontro. O mercado era desses que têm uma área com adega e mesinhas, e, às quintas-feiras, acontecia no horário da tarde a degustação de alguns rótulos de vinho. Nos encontramos perto do corredor principal. R. estava usando uma camisa de botão meio aberta, à vontade, deixando aparecer seu colo e um pouco do peito (Pausa: cara leitora, já reparou como pode ser sexy uma camisa meio aberta? Da próxima vez que você ver algo assim, observa só!). Nos cumprimentamos ansiosos e sorridentes, escolhemos um rótulo e começamos a beber. Nos sentamos na área da adega em uma das mesinhas reservadas para a degustação, e, enquanto conversávamos, nossas pernas se enroscaram debaixo da mesa. Percebi em vários momentos que olhava para meu decote e minhas coxas à mostra pelas pernas cruzadas com o vestido, mas logo disfarçava e desviava o olhar. Fui me sentindo absolutamente hipnotizada por aquele jogo de olhares, de modo que comecei a me ajeitar de propósito para atrair sua atenção e, conforme a conversa foi avançando e o vinho inebriando nossos corpos, também comecei a olhar para o volume de sua calça. Será que dava pra perceber o quanto eu estava com tesão? 


— Nosso encontro de supermercado tá muito bom, mas você não acha que tá na hora da gente dar um pulo lá em casa e ouvir outra coisa a não ser o locutor cantando as promoções? 


— Ah, mas olha a vantagem, ele vai falando as promoções do dia e a gente fica aqui meia hora e já quer levar tudo pra casa. – respondi, rindo meio boba.


— Pois é, mas você eu já quero levar pra minha casa há muito tempo... E não foi culpa do locutor não.


— Ah não, foi piegas de novo... Não precisa disso, vamos logo pra sua casa, que eu também penso nela há um tempo... 


Quando nos levantamos em meio às risadas da piadinha, nos aproximamos e, envoltos naquele riso bobo, nos beijamos. Era um beijo suave, carinhoso. Desses que te envolve e vai te acendendo, sabe? Me encantei completamente com aquele abraço e, aos poucos, fui sentindo meu peito arder – de tesão, de vinho, de desejo. Ao seu lado, eu senti o tempo suspenso, mas nem por isso era algo que podíamos desperdiçar. Nos soltamos do beijo, pagamos a conta e seguimos de carro para sua casa. Sentada no banco da frente, deixei as pernas um pouco mais à mostra, afinal, tinha percebido que aquele era claramente um ponto do meu corpo que provocava tensão em seu olhar. 


O apartamento era pequeno e aconchegante. A janela da sala dava para uma varanda com uma área de árvores aos fundos, com privacidade total. Sua casa, assim como a minha, denunciava a presença de crianças, tomada por brinquedos e desenhos espalhados. Já se passava das 16h, e, em breve, teríamos que buscá-los na escola, então não perdemos tempo. Nos beijamos, agora mais afoitos, respirando fundo. Com uma das mãos, me segurou gentilmente (mas com atitude) pelos cabelos e passeou pelas minhas costas, terminando na bunda, quando foi levantando de leve meu vestido e tateando a calcinha enterrada. Ao sentir seu toque por ali, respirei mais fundo e me apertei contra seu corpo, denunciando meu tesão. Então, também fui passear com minhas mãos, sentindo melhor suas costas, nuca e peito, terminando de desabotoar a blusa que tinha achado sexy mais cedo. Enquanto fazia isso, olhava fundo em seus olhos e fui aos poucos dando beijos pelo seu pescoço, descendo pelo peito agora nu, pela barriga, e parei quando estava prestes a abrir o zíper de sua calça, àquela altura com o volume marcando ainda mais. Então, me puxou e me levou até o sofá, dizendo: “Eu primeiro. Você não sabe quantas vezes já quis te beijar toda”. De joelhos em minha frente, foi levantando aos poucos meu vestido, me encarando e olhando minhas coxas, agora completamente à mostra. Por um momento, fiquei insegura com aquele olhar, mas em seguida começou a beijar minhas pernas enquanto me acariciava toda. Foi subindo com a boca pelas coxas, passeou os dedos de leve pela minha calcinha de renda – já encharcada –, puxando-a pro lado e começando a me beijar. Fez isso muito devagar, de modo que fui sentindo cada cantinho que sua língua percorria ali e, enquanto isso, queimando de tesão. Me senti completamente encharcada, do mel que escorria de mim, de sua língua... Éramos um único rio, de fluidos e desejo transbordando. Quando começou a sentir minhas pernas dando pequenas tremidinhas, apertou de leve minhas coxas enquanto estava completamente submerso a elas. De sua língua, brotou um arrepio que correu meu corpo inteiro, fazendo explodir um orgasmo maravilhoso que não coube em mim, então gemi, me agarrei à almofada mais próxima, me contorci inteira. Enquanto me assistia gozar, percebi que começou a se tocar com uma das mãos, se deliciando com meu êxtase. Respeitou o tempo necessário pra me recompor, sequer pediu algo em troca – se deleitou de mim. Vai ver estava com sede, pensei. E que bom que estava aqui a postos, pronta pra dar de beber. Seguimos trocando carícias por pouco tempo, nos arrumamos e seguimos de volta para a porta da escola onde tudo começou, para buscarmos nossos filhos. A rotina emerge, sufoca, mas também pode nos surpreender se olharmos com atenção ao redor. Seguimos de carro, olhando o fim da tarde de outono com suas luzes e minhas pernas meio bambas, o coração bobo do vinho, encantada. Conversamos durante o caminho da escola ainda animados, mas serenos, alimentados do desejo que vivenciamos e deixamos transbordar. Nos despedimos no carro com um beijo, mas sabe essas fodas que você tem certeza de que vai ficar pensando por dias? As pernas vacilantes quando atravessei a rua em direção à porta da escola me denunciavam, e ainda me sentia úmida. Voltamos ao ponto comum de todos os dias, e nossos filhos vieram correndo como sempre, conversando muito, tropeçando entre mochilas. 


— Tchau, bom fim de semana. Nos vemos na quinta que vem?

 

Autora: Loren Kaiza

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